Alunos buscam o protagonismo do seu conhecimento com a cultura maker
Novo ambiente do Colégio Antônio Peixoto permite aos estudantes explorarem, na prática, as suas capacidades com criatividade para a construção e resolução de problemas
A educação é um desafio que envolve capacitação, criatividade e conhecimento para gerar os melhores resultados no aprendizado. Pensando nisso, as escolas apostam em uma série de inovações para garantir a qualidade do conteúdo e o alcance dos resultados. A mais nova sensação do Colégio Antônio Peixoto é um ambiente maker, que consiste no incentivo à prática, e entende que qualquer pessoa pode construir, consertar e buscar alternativas para solucionar problemas.
Maker vem do inglês e significa “fazer”. A proposta é apoiar a criatividade, a sustentabilidade e propiciar a construção das ideias apresentadas. Com o avanço tecnológico, aumenta o interesse das pessoas em produzir seus próprios projetos, aplicativos, plataformas e colocar a mão na massa para concretizar suas ideias. A cultura maker, baseada no cooperativismo, pode ser adotada tanto na área social, doméstica ou empresarial. Trata-se de um novo modelo de produção que pode revolucionar a sociedade.
A história da educação brasileira tem exemplos de cultura maker, mas ainda em sua forma inicial. Entre 1879 e 1890, cursos de marcenaria, lavoura e horticultura eram obrigatórios nas escolas do país. A ideia era que a comunidade pudesse construir seus próprios materiais. Nas décadas seguintes, até 1990, eram incentivadas práticas de criação de objetos, atividades manuais cotidianas. A cultura maker que vem sendo explorada no Colégio Antônio Peixoto resgata um pouco desta ideia e vem alinhada com a tecnologia dos dias atuais e os investimentos em maquinário e capacitação da equipe que precisaram ser feitos para a concretização da proposta do ambiente.
A Diretora Pedagógica, Claudia Rosa, destaca que a escola segue as práticas mais inovadoras do mundo para garantir a qualidade do ensino. “Nossa escola já havia saído na frente implantando o Google for Education anos antes da pandemia, e agora, entramos com força total neste lindo Movimento Maker que vem acontecendo nas melhores escolas do mundo e que proporciona aos alunos o protagonismo do seu conhecimento.
Ainda de acordo com a Diretora, a Cultura Maker tem como objetivo mostrar que o aluno é capaz de construir conhecimento e não apenas consumir algo já pronto. “Isso faz com que a escola se torne um lugar para a experimentação, aprendizagem criativa e prática a partir dos conceitos”, explica Rosa.
Mão na massa
A aluna do 1° ano do Ensino Médio, Laura Simas Machado está entusiasmada com o novo ambiente pedagógico. “O maker aflora a nossa curiosidade e nos faz colocar a criatividade em prática. Colocamos a mão na massa e isso vem nos auxiliando no desenvolvimento do raciocínio lógico, nos estudos e na vida", diz a aluna de 15 anos.
Aos estudantes, são oferecidas diversas ferramentas para que eles explorem sua criatividade. O CAP_Maker conta com impressora 3D, máquina de corte a laser, plotter de recorte, projetor, notebooks, além de ferramentas para mecânica, carpintaria, elétrica, eletrônica, informática, telecomunicações, robótica, programação, entre outros.
“Corrente, tensão, energia, potência, resistência e circuitos são temas que, muitas vezes, podem ser o terror das aulas de ciências ou física. No CAP_Maker o aluno poderá transformar a teoria em conhecimento prático, como criar uma luminária, por exemplo, descobrindo os motivos que fazem uma luz não acender e buscar alternativas para resolver o problema.”, destaca o professor Maker, Luiz Adriano Almeida.
De acordo com o professor, o foco é explorar diversas áreas e capacidades do corpo discente. “As aulas são colaborativas visando sustentabilidade, criatividade e escalabilidade, através de vários aspectos, de necessidade, usabilidade, consumo, gastos, receita, para enfim desenvolvermos os projetos”, detalha Luiz Adriano.
Maria Eduarda Kerscher Anton, 15 anos, é aluna frequentadora assídua do maker, e sempre que pode dá uma passadinha por lá para montar algum kit de engenhoca. "Já montamos kits de robótica, um motor V8 de carro antigo, muitas coisas movidas a energia solar e a água salgada. O trabalho da minha equipe, para a feira de ciências, é uma aranha robótica e utilizamos os conhecimentos e recursos do maker para produzir", conta a aluna.
Maria Eduarda é aluna do 1º ano do Novo Ensino Médio, que já tem o maker na grade curricular. Mas, de acordo com a Diretora Pedagógica, aos poucos, outras faixas etárias estão sendo inseridas neste ambiente de criação. “Este ano de 2022 vem sendo de muito aprendizado e desafios para toda a equipe da escola. Todos juntos, alunos, professores e equipe pedagógica estão vivenciando cada dia mais este ambiente e esta nova forma de orientar o caminho”, destaca Claudia Rosa.
Colégio Antônio Peixoto é cinquentenário
Localizado no Bairro Balneário, região continental de Florianópolis, o Colégio Antônio Peixoto tem mais de 50 anos de atuação. Considerado o colégio privado laico mais antigo de Santa Catarina, o CAP tem como missão oferecer um trabalho de excelência, servindo de plataforma e alicerce para a vida e a carreira de crianças e jovens que são o futuro do país.
É uma escola que compartilha com as famílias a responsabilidade nos desafios que exigem qualidade de formação ética e moral, de disciplina, de cultura e discernimento na construção de projetos de vida.